segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Segunda Queda.... (parte II)

Pela segunda vez eu me vejo em um poço, mas dessa vez não vejo nenhuma luz, o que parece é que estão jogando terra em cima de mim. E mais uma vez resolvo mudar de vida e tentar novamente, comprei um apartamento no litoral, e resolvi que seria a hora de eu me mudar com meu filho e meu companheiro, sair da casa dos meus pais. Novamente durante um tempo eu achei que estava tudo bem, mas com a doença vieram as complicações, cirurgias, internações, depressão coisa normal de um parkisoniano, mas eu estava feliz com minha vida pois pela primeira vez eu não estava me matando de trabalhar para esquecer meus problemas de relacionamento e estava vivendo com o meu filho, vendo ele crescer.
Entre um período e outro de lucidez minha neurologista sempre me mandou procurar um psiquiatra pois, os medicamentos na minha idade sempre levam a efeitos colaterais, mas meu companheiro sempre foi contra. Ainda não sei porque, apesar dele afirmar que nós concordamos com isso, eu sempre pedi para fazer tratamento psiquiátrico, sempre soube que alguma coisa não estava bem em mim, minhas alterações de humor, minha depressão sem motivo, ou com bastante motivo guardado e eu apenas tentava esconder.
Eu não queria ser o tipo de mulher que ficava reclamando toda a hora, mas eu sentia e sinto dores terríveis, depressão, desânimo.
Um dia achei que deveria conversar com ele, porque sabia que não estava sendo uma mulher completa pra ele, mas ele me garantiu que não estava a procura de ninguém, que não queria outra mulher, que ele tinha aprendido e que me respeitaria...



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